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dot Trabalhos dos alunos


25 agosto 2007

Olhando Lisboa...





... tendo por perto a Fernanda que foi guia imprescindível nesta descoberta.



Fomos andando por Alfama e Mouraria...

Vi baixos-relevos em pedra, relíquias do tempo, sem saber quem foram os seus autores ou, até, o que os motivou.

Sei que há naus e caravelas espalhadas pela cidade. Fui descobrindo aqui e além mais uma e outra...

Marcas identificativas ou evocativas deixadas nas pedras da cidade.
O que nos querem contar? Que memórias guardam? O que comunicam aos transeuntes da cidade?

Um abrigo, um porto, uma cidade, as lápides ali permanecem teimando em contar-nos a História que ainda ninguém descobriu, mas que todos podemos inventar e reinventar fazendo uso de experiências vividas e imaginação de povo pescador e marinheiro que fomos.

***
Azulejos, importação que soubemos tornar nossa matriz,
são parte integrante da arquitectura da cidade

É o revestimento exterior e interior mais português. Decorativo, eficaz, duradouro, económico... de quantos materiais de construção se poderá dizer o mesmo?



O desafio aqui fica: vai até Lisboa e descobre a cidade que os teus olhos te revelem.


submetido por Lourdes em 21:51 | 2 comentários

20 agosto 2007

eu desenho... tu desenhas...

Desenhamos porque os nossos olhos apreendem o mundo à nossa volta.


Desenhar é um processo mental de comunicação humana.


Desenhamos porque o nosso cérebro identifica formas, contornos e espaços. Tendo capacidade de aceitar uma representação em substituição da imagem real, um desenho nunca é igual ao que vemos, implica sempre um processo mental que está associado à capacidade de abstracção simbólica e sinalética que existe na génese de toda a comunicação humana.


O objecto artístico estimula os nossos sentidos, a mente, o intelecto e a capacidade de desencadear prazer estético, que é mental e directamente físico. Que é imprescindível à própria vontade de viver.

A expressão ou comunicação através da arte é tão profundamente humana que, desde a Pré-História, se tem manifestado em todo o mundo. Todos os ensinamentos que podemos tirar acerca do homem primitivo são dados, pelas suas ossadas e pelo fabrico de objectos utilitários, que muitas vezes estão decorados com desenhos. Desde sempre o homem necessitou de satisfazer o seu tacto, a sua visão e o seu espírito.


Desenhar é um acto banal. Todos nós já desenhámos. A possibilidade de fazer um desenho mobiliza o nosso cérebro de forma específica e interligada por sermos animais visuais.


Ao desenhar estamos a ter uma relação directa com a mente, construindo a possibilidade de elaborar um modo de pensar que desenvolve uma relação entre o olhar e a sua relação directa com o gesto.



Traços, manchas são identificadas pelo cérebro, representando formas e espaços do mundo que habitamos.



Os olhos vêem, o cérebro regista, a mão executa, a criatividade surge e o desenho nasce.


- As fotos foram obtidas na Escola Conde de Oeiras, em Oeiras, durante a execução de trabalhos pelos alunos.

submetido por Lourdes em 18:52 | 1 comentários

12 agosto 2007

Miguel Torga

Passa hoje um século do nascimento de Afonso Correia da Rocha.

Todos o conhecem pelo nome literário de

Miguel Torga

Adoptou este nome por se identificar com a planta torga ou urze (planta que está muito agarrada à terra, sendo ao mesmo tempo humilde, bravia e espontânea) e Miguel por ser um nome Ibérico, inspirado em dois autores seus preferidos: Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno. O nome define o escritor de raíz portuguesa mas sentindo-se ibérico.
Transmontano de nascimento, em São Martinho de Anta, ali foi criado entre as serras transmontanas e os trabalhadores rurais, assistindo ao ciclo de vida da natureza. Miguel Torga aprendeu com a sua vivência o valor do homem e do meio que o rodeia que tão bem fez transparecer na sua escrita.

Parque dos Poetas em Oeiras - Escultura de Miguel Torga do escultor Francisco Simões

Dois poemas de Torga:

Memória

Chove
Mas, afinal, já chove há muitos anos...
O Mundo dos meus pés nunca se move
Sem chuva, tristeza e desenganos...
Apesar disso,

Lembro-me perfeitamente bem
Do luminoso sol de certo dia...
Um lindo sol que doirava
Num toco que rebentava
Uma folha nascia.

***

Brinquedo

Foi um sonho que eu tive:
Era uma grande estrela de papel,
Um cordel
E um menino de bibe.

O menino tinha lançado a estrela
Com ar de quem semeia uma ilusão;
E a estrela ia subindo, azul e amarela,
Presa pelo cordel à sua mão.

Mas tão alto subiu
Que deixou de ser estrela de papel.
E o menino, ao vê-la assim, sorriu
E cortou-lhe o cordel.

submetido por Lourdes em 22:55 | 1 comentários

04 agosto 2007

Património de Amizades




Nas Férias... Um momento na praia




- Perfume de Infância -


"Os bichos, os brinquedos,
os perfumes, os medos,
os lugares da infância,
os vizinhos, os pais,
são quadros à distância
que não se esquecem mais... "

-Extrato de poema de Mariana Aguiar-

Os amigos que vêm da infância e com quem é bom estar.
Em criança vivi os dias, registei saberes, senti atitudes com as duas amigas com quem partilho uma bela banhoca na foto da esquerda.

Delas me ficou a minha riqueza como adulta...

Cresci com elas. Que bom é continuar a usufruir com elas momentos de vida.





Depois, os amigos que conheci na adolescência, com quem tenho a fortuna de continuar a partilhar a vida, feita de saberes e de sabores.






Os amigos são aqueles seres com quem podemos contar em vários momentos da nossa vida.


São muito importantes, pois com eles e por eles nos vamos, também, construindo.

Sabe bem estar com os amigos.

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Espectáculos a que gostei de assistir:



- Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo

"Sete Sonhos de Pássaros", em Cascais, no Parque Palmela

Estético, bem executado, enriquecedor.


- Lautari



Banda musical da Catânia (Sicília), durante o XV Festival Sete Sóis, Sete Luas, Fábrica da Pólvora, em Oeiras



submetido por Lourdes em 00:34 | 0 comentários